Agosto Agosto - Carta

Sou mais pra lembrar
Do verdadeiro escudo
A sua pátria
Defende sem murmuro

Destrói seus inimigos deitados pelo chão do caminho
Do trilho da guerra esse é o seu destino
Repentino de gente, que segue forte presente
O pesadelo eminente, pesadelo conscente

Da bala do fogo é pouco
Quinhetos anos de desgosto
No ombro ou no rosto
De quem cava a vida a acender a vela
Na carta eu dedico a ela:

Paz e luz
Eu peço e me despeço
Com ordem e progresso
Coloco flores na ponta dos fuzis
E impeço que disparem
No final a paz é o que vale.

Gostei do seu andar
Te sigo nesse mundo
Saber ludibriar
É pra todo mundo

Engano é sapiência de quem julgo inteligencia
De quem pede clemencia, engole suas pilulas pra demencia
E sente-se melhor, sendo escravo de jó
Abre o olho pra se por ao pôr do só
Caminhar na trilha, desconfigurar mentira
Prova viva de quem vive na latrina a ascender a vela
Na carta eu dedico a ela:

Paz e luz
Eu peço e me despeço
Com ordem e progresso
Coloco flores na ponta dos fuzis
E impeço que disparem
No final a paz é o que vale

O vento te levou,
Procura um abrigo
A carta que mandou
Foi pro endereço antigo.